“LAMENTAR PROFUNDO”
O tempo vai passando, a vida parece ter seu curso natural, porém, quando menos esperamos, algo acontece, algo que você ouve todos os dias e tem conhecimento claro sobre o assunto, no entanto, algo toca fundo sua alma e o deixa perplexo por ver tamanhas barbáries sendo escondidas sobre o que todo mundo sabe mas, ou não deseja tomar conhecimento sério, ou se deixa levar por alguns ditos populares “não, isso não acontece mais, não aqui em meu país”.
Assistindo a um filme, com história verídica, cujo título “12 ANOS DE ESCRAVIDÃO”, mostra a triste realidade do que acontecia há décadas atrás, chega-se a conclusão de que este mundo é verdadeiramente uma farsa, um engodo, uma grande e eterna mentira, onde o preconceito e a discriminação faz parte do nosso dia a dia.
Nos meus estudos de Colegial, jamais pude imaginar que esta verdade, nua e crua, tivesse realmente essa profundidade e que não entendia o porquê de tanta hipocrisia, misturada com sarcasmo e negativismo.
O filme abriu-me os olhos!
O filme, pura realidade, tomou de assalto meu coração e meus sentimentos, ontem sem conhecimento real, mas hoje, vendo e ouvindo tantos lamentos, tantos medos, tanta falta de respeito para com o ser humano, tornei-me outro, pois senti que também eu fui e sou responsável por tantos melindres relacionados com nosso irmão negro.
A verdade?
Qual verdade queremos para nós, nossos filhos e netos e toda uma nova geração que está ainda por vir é que hajamos como seres humanos, como verdadeiros filhos de um só Pai, que a tudo criou com muito amor.
Deixemos de lado a hipocrisia que impera nos livros, nas séries de TVs, nos jornais e revistas e façamos algo, realmente sério, com relação a esses nossos irmãos.
Me senti triste e impotente por não saber realmente o que fazer com relação ao que acontece, não só com os negros, mas com tudo relacionado com a discriminação.
Sou apenas um, mas agora “esse ser único, esse eu preocupado com o próximo” deverá começar o dia com pensamentos elevados ao Criador, para que o ilumine e o torne mais humano.
JC BRIDON