“TERRA ARDENTE”
Choro as mágoas
choro as tristezas
das queimadas.
Choro os extermínios sem fim
e as buscas infrutíferas
pela preservação.
Não escuto mais teu cantar
nem ouço mais teu grunhido
apagado e abafado
pelos estalidos da mata
ardendo e queimando.
Vejo só as labaredas
que se elevam ao alto
como se demonstrassem sua força
consumindo tudo sem dó.
Acabam-se as matas
apagam-se as esperanças de poucos
que lutam desesperados
para que a natureza se preserve
como garantia de um futuro melhor.
30-5-96
JC BRIDON